O recém-eleito presidente da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal (IL) avançou em declarações prestadas em Arouca, no passado dia 29, que a IL vai marcar “todas as linhas que entender” sendo que “isso não está sujeito ao critério de nenhum partido”, em resposta às declarações de André Ventura (Chega).
Durante a visita, e no seu testemunho à comunicação social, aproveitou o momento para referir algumas questões do concelho que, no seu ponto de vista, carecem de alguma preocupação. “Arouca está numa situação nessa matéria que exige a nossa intervenção na exigência da gestão adequada dos dinheiros públicos”, aponta o presidente da IL, dizendo não se pronunciar “em concreto sobre o julgamento de Margarida Belém pelos crimes que está acusada. A justiça tem o seu tempo e decidirá, mas o tipo de situações que estão na origem desses casos, (os ajustes diretos), são uma das preocupações da Iniciativa Liberal.” O político considera que estes (ajustes diretos) são um instrumento de gestão, todavia têm de ser usados de forma “parcimoniosa e com bom senso”. “O que se vê é que é um expediente usado muitas vezes de forma abusiva, criando o contexto para a corrupção, a falta de transparência e os compadrios.”

Também no âmbito nacional, Rui Rocha alegou “que já não há condições para António Costa governar Portugal. Cada dia que governa é um dia pior para os portugueses”, expondo também que “foram já 13 governantes em menos de um ano que abandonaram o Governo”. Salientou também que não se regista apenas a perde de governantes, uma vez que agora “também o Governo perde secretárias de Estado”, aludindo para o que aconteceu com a Secretária de Estado da Agricultura, “perdeu-se no meio deste processo de absoluta intranquilidade da gestão governativa”, acrescentando que a isso se soma um conjunto de políticas, que “na avaliação da Iniciativa Liberal, são nocivas para o país.”
Em resposta às declarações de André Ventura, líder do Chega, Rui Rocha clarifica “na iniciativa liberal mandam os membros da Iniciativa Liberal, os órgãos da Iniciativa Liberal e o presidente da Iniciativa Liberal,” e que desse modo, “marcaremos todas as linhas que entendermos. Isso não está sujeito ao critério de nenhum outro partido.”
Isto porque no sábado, dia 28, André Ventura afirmou que “há apenas uma entidade que estabelece quais são as linhas vermelhas, e essa entidade não se chama Luís Montenegro (líder do PSD), nem Rui Rocha (líder da IL), nem Augusto Santos Silva (presidente da Assembleia da República), nem António Costa (primeiro-ministro), chama-se povo português”,sendo que só ele “estabelecerá as linhas vermelhas de Portugal e do partido Chega”.

Raquel Moura
Fotos: Núcleo Iniciativa Liberal de Arouca