“Vamos Ajudar a Melanie” 

Jovem casal de Vale de Cambra enfrenta a doença rara da filha focado no futuro de normalidade que lhe quer proporcionar. Campanha solidária reforça a Esperança e a Resiliência dos pais 

Stephanie Leite e Filipe Correia, jovem casal de Vale de Cambra, trilham um caminho feito de Esperança e Resiliência, rumo ao futuro desejado para a sua filha Melanie, criança nascida a 24 de agosto de 2021, que padece de “Atrofia Muscular Espinhal tipo 1”, uma doença crónica neuromuscular que provoca fraqueza muscular e afeta todos os músculos.

Joana Ferreira, amiga desta família, ajudou a edificar a campanha “Vamos Ajudar a Melanie”, que visa federar boas vontades em torno destes dois operários fabris.

A mãe recordou os problemas iniciais da bebé, em especial a febre que, numa sexta-feira, as levaram à urgência do Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira.  Foi aí que «uma médica» reparou não apenas no estado febril da menina, mas também levou em conta o relato de que a pequena parecia padecer de «falta de força».    

Após internamento nesse fim-de-semana, e depois de ser vista pela equipa de neuro-desenvolvimento da unidade hospitalar, foi reencaminhada para o Centro Materno Infantil do Norte, no Porto, instituição que a continua a acompanhar.

Aquela doença muscular foi diagnosticada e, por comparticipação do Estado, a 10 de março deste ano, foi possível administrar-lhe “Zolgensma”, caro medicamento para usar apenas uma vez que foi lançado em 2019 pelo laboratório suíço “Novartis”.

Dando nota de que, só para os tratamentos diários e outras necessidades de sua filha, o agregado familiar gasta entre 350 e 400 euros, Stephanie Leite salientou que a campanha visa também reunir verbas e meios para que seja possível enfrentar um futuro próximo com ainda mais terapias.

Assinalou que a bebé, no presente, faz fisioterapia, fisioterapia respiratória, osteopatia infantil e terapia da fala. Mais tarde, provavelmente a partir dos dois anos, haverá que investir em outras formas de estímulo, com fisioterapia intensiva e terapia ocupacional, designadamente.

«Também vai precisar de hidroterapia, para ajudar a soltar-lhe os músculos, que estão muito atrofiados», revelou a mãe, com nota de que, mesmo fazendo tudo certo, não é possível antecipar o grau de recuperação que poderá atingir. Ela já sente algumas melhorias na filha e, com o marido, não poupará esforços para multiplicar as possibilidades de sucesso e de uma vida plena para a petiz.

Diga-se que, embora possa ter tratamentos em meio hospitalar, a família tem pago a profissionais para virem a casa, para sessões de fisioterapia. 

Filipe Correia mantém o seu emprego na área da indústria metalúrgica, mas a esposa teve de suspender a sua atividade profissional, mantendo-se em casa e auferindo, por “assistência a filho”, 65 por cento do ordenado que recebia.

A campanha “Vamos Ajudar a Melanie” já realizou uma caminhada, um concerto e esteve presente na Feira da Castanha de São Pedro de Castelões, sendo possível que, no futuro, outros eventos de angariação de fundos sejam realizados.

Páginas do Instagram e no Facebook levam esta mensagem bem longe e convidam à dádiva. Que pode ser concretizada através do IBAN: PT50003508310003718333087 (conta Melanie Leite Correia) e do MBWAY: 913 508 848.

Texto:Alberto Oliveira e Silva

A forma de lhe dar o leite
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Raquel Moura
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