Executivo aprova por maioria a denúncia de contrato de cedência do estádio ao FC Arouca

O Executivo Municipal, na reunião da passada terça-feira, aprovou por maioria a denúncia do contrato de cedência do Estádio Municipal ao Futebol Clube de Arouca – Futebol SDUQ, com efeitos a 13 de junho de 2023.  A decisão constou somente com os votos favoráveis dos autarcas do Partido Socialista, tendo os Vereadores do Partido Social Democrata se abstido. 

A proposta apresentada ao Executivo, que o Discurso Directo teve acesso, foi assumida pela Presidente da Câmara, Margarida Belém, e dá enfase a um conjunto de argumentos que tinham já sido anunciados na sessão da Assembleia Municipal realizada a 29 de setembro. A edil, depois de historiar os episódios recentes sublinha que a atitude dos dirigentes do FC de Arouca acarretaram graves e danosas consequências, considerando que “o Município e os arouquenses foram desrespeitados, no sentido em que foram privados da utilização do que lhes pertence, por acção de incumprimento das obrigações contratualmente assumidas e assinadas”. 

Margarida Belém salienta também que “a atitude da Direção do FC de Arouca foi grave, prejudicou todos os arouquenses, o prestígio e reputação do concelho e daquele que é o seu mais importante evento: a Feira das Colheitas”, assumindo que quer manter os compromissos assumidos para a presente época, de forma a não prejudicar o Clube, os seus atletas, adeptos e simpatizantes, concluindo a afirmar que “é desejável que a Direção do FC de Arouca, que tantas alegrias desportivas já permitiu aos arouquenses, repense a sua conduta em relação coma s instituições locais”.                   

A posição dos Vereadores do PSD 

A abstenção dos Vereadores do PSD foi suportada por uma declaração de voto. Estes autarcas assinalaram não estarem na posse dos documentos que comprovem a ordem cronológica “das comunicações entre o município e o FC Arouca” para negociação do acesso ao parque de estacionamento onde a autarquia queria realizar os concertos.
Mesmo assim, Vítor Carvalho, Célia Alves e Helena Rodrigues criticam o executivo socialista pela “forma lamentável como conduziu este processo, trazendo-o para a praça pública em plena Feira das Colheitas, manchando o seu bom nome e reputação dentro e fora do concelho”.
Os sociais-democratas argumentam que “não pode a senhora presidente [da câmara] estar a querer envolver a oposição nesta fase do processo quando o deveria ter feito anteriormente, dando conhecimento dos desenvolvimentos deste assunto” em vez de ter optado “por assumir o protagonismo de uma posição pública como responsável máxima do município, sem acautelar as possíveis consequência dessa posição”.

sobre o autor
Raquel Moura
Discurso Direto
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