Por estes dias tive oportunidade de ler e subscrever um abaixo-assinado que a associação URTIARDA está a promover. Trata-se de um texto sobre a Galha do castanheiro, doença que está a pôr em risco, em Portugal (e em Arouca), a produção de castanha e a saúde da nobre árvore que o povo diz levar 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer.
Conforme é referido no documento, a Galha do castanheiro é uma doença com origem num pequeno insecto, oriundo da China, a Dryocosmus Kuriphilus Yasumatsu, vulgarmente conhecido como vespa da galha.
Os países que já iniciaram o combate a esta doença e ao insecto que a origina estão a apostar no controlo biológico, com recurso à largada de outros insectos que irão combater a vespa impedindo-a de se reproduzir, uma vez que a utilização de pesticidas não é recomendável nem eficaz neste caso. Seja como for, estamos a falar de intervenções, esta ou outras que se venham a entender como necessárias, que só podem ser realizadas por ou com a supervisão dos organismos competentes.
O abaixo-assinado em causa termina com um apelo aos organismos competentes – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Câmara Municipal de Arouca e Cooperativa Agrícola de Arouca – para agirem, na busca de uma solução urgente para o combate a esta praga, disponibilizando-se os subscritores a apoiarem as diligências e medidas a tomar.
Para os produtores de castanha de Arouca e para o próprio ordenamento florestal do concelho esta é uma questão séria. A castanha, para além de ser uma “marca registada” cá da terra, é uma importante fonte de rendimento de muitas famílias. Para o ordenamento florestal do concelho, os soutos, que ocupam, apesar de tudo, áreas significativas, são um importante instrumento de combate à propagação do eucalipto e de outras infestantes, constituindo, desse modo, mais um instrumento ao serviço da prevenção dos incêndios.
O abaixo-assinado, sendo uma das mais simples formas de intervenção cívica e política, e o gesto individual da sua assinatura, uma pequena coisa, não deixam de ser um importante indicador do grau de consciência dos cidadãos.
Quanto maior for o número de subscritores mais força terá o apelo, apelo este ao qual as autoridades competentes não poderão ficar de orelhas moucas.
Permitam-me que termine apelando à subscrição deste abaixo-assinado.
Texto de Francisco Gonçalves
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